domingo, 19 de setembro de 2010

CINCO MINUTOS QUE MUDARAM A MINHA VIDA

Tom Mostert


COMO AS PESSOAS PODEM ORAR POR HORAS? OU DEVERIAM FAZÊ-LO?


Estava no início do curso de Teologia e o orador da Semana de Oração foi o Pastor H. M. S. Richards. A cada aluno foram concedidos cinco minutos com o Pastor Richards para fazer-lhe uma pergunta. A minha foi: “Fale-me a respeito de sua vida devocional pessoal em um dia qual-quer”.

O que de fato eu desejava ouvir, embora não tivesse dito, era se ou não esse homem de Deus passava horas em oração. Se ele disse que sim, eu desejava saber como era a sua vida. Para mim, naquela ocasião, 10 minutos em oração pareciam como uma eternidade. Ainda, quando me ajoelhava à noite ao lado de minha cama estava tão cansado que normalmente adormecia sobre os joelhos. Desta forma, optei por uma oração breve e adormecia. Como as pessoas podiam passar horas orando? Ou, por que deveriam?

SUA RESPOSTA MUDOU A MINHA VIDA

O que o Pastor Richards me disse em cinco minutos transformou a minha vida. Ele con-tou que iniciava cada dia, não importava onde estivesse, conversando com Deus no momento em que despertava, antes mesmo de sair da cama. Embora houvesse ocasiões quando se
ajoelhava em atitude de respeito para com Deus, para o Pastor Richards era mais importante sentir-se confortável enquanto orava.

“Se eu me ajoelho no chão duro em um dia frio”, ele disse, “minha oração será breve. Mas se eu me sinto confortável, Deus e eu podemos permanecer juntos por muito mais tempo. O culto em família e o culto público devem incluir o ajoelhar-se em reverência a Deus”, o Pastor Richards me lembrou. “Mas a maior parte de minha oração e estudo são passados em uma cadeira confortável”.

Então, à noite, ele encerrava o dia acomodando-se confortavelmente na cama e
adormecia enquanto conversava com Deus.

“Algumas vezes a conversa é longa, outras, breve. Deixo que Deus decida por quanto tempo ficarei desperto”, ele disse. “Uma posição confortável em oração pessoal é o mais
importante para uma longa conversa”.



“A verdadeira reverência para com Deus é inspirada por um sentimento de Sua infinita grandeza, e de Sua presença. Com esse sentimento do Invisível, todo coração deve ser profun-damente impressionado. A hora e o lugar da oração são sagrados, porque Deus Se encontra ali, e, ao manifestar-se reverência em atitude e maneiras, o sentimento que inspira essa reve-rência se tornará mais profundo. ‘Santo e tremendo é o Seu nome’ (Sal. 111:9), declara o sal-mista. Ao proferirem esse nome, os anjos cobrem o rosto. Com que reverência, pois, devemos nós, caídos e pecadores, tomá-lo nos lábios!” (Obreiros Evangélicos, p. 178).

“O motivo por que tantos são abandonados a si mesmos em lugares de tentação é não terem o Senhor constantemente diante dos olhos. Quando permitimos que nossa comunhão com Deus seja quebrada, ficamos sem defesa. ... Cultivai o hábito de falar com o Salvador quando sós, quando estais caminhando e quando ocupados com os trabalhos diários. Que vos-so coração se eleve de contínuo, em silêncio, pedindo auxílio, luz, força, conhecimento. Que cada respiração seja uma oração” (A Ciência do Bom Viver, pp. 510, 511).

(Para obter mais informação a respeito deste tema, veja o livro Mensagens Escolhidas, vol. III, páginas 266-270, de Ellen G. White.)


RESUMINDO
Já por mais de 40 anos tenho seguido essa abordagem. Inicio e findo o dia confortavelmente na cama, conversando com meu melhor Amigo. Talvez seja esse o motivo porque nunca tive problemas para adormecer. Sim, é bom ajoelhar-se, às vezes, como demonstração de respeito por Ele. Porém, encontrei a cadeira mais confortável possível para prolongar o meu período de oração e de estudo.



Tom Mostert é presidente da União-Associação do Pacífico. Ele escreve de Westlake Village, Califórnia. Reimpresso mediante permissão.

Extraído de
MINISTÉRIOS DA CRIANÇA
Divisão Sul-Americana da IASD
Janeiro - Março 2006